Ora aqui está a solução para todos os problemas, a resposta àquela voz que sussurra nos vossos ouvidos a seguir ao lanche, sem ser a vossa mãe a dizer para irem arrumar o cotonete encerado que deixaram colado ao espelho só para ver quanto tempo ficava preso.
Pois é, era a peça final do puzzle, o 3º elemento desta tríade, é o CegoManeta, a nova aquisição neste maravilhoso blog (tenho de engraxar senão não me postam).
Posso descrever-me como um gajo com visão e com uma escrita soberba, daí o nick escolhido, que contribuirá para o alívio de muita dor de estômago, ou seja, o vómito e a diarreia.
Posso também dizer que dou a mão a quem precisar (já cheguei mesmo a fazê-lo) e que tenho olho para a coisa.
Gostaria de partilhar a minha dor convosco, a dizer como perdi o meu olho. Pois bem, estava eu a ver os “Morangos com Açúcar”, quando de repente a minha mãe diz que vai á loja comprar azeite para meter no café que estava roxo, por causa do frio, e pediu: -Maneta (já tinha dado a mão), vou á loja, bota-me o olho á sopa… assim o fiz!
Aahhh!! Já estou mais aliviado, não porque desabafei, mas desabufei mesmo agora.
Sem mais adiamentos, vou deliciar-vos com algumas observações que observi e depois anoti. Esta maravilha que Deus Nosso Senhor inventou ao 3º Dia – O Bento.
Depois de criar os outros elementos: Terra, Sol, Água and soion and soion, veio a vez do Vento. Deus recostou-se nas nalgas de uma nuvem e pensou: hhmmm, tenho de criar algo que para além de dar arrepios na espinha de muita gente, também dê tranquilidade mesmo a quem não precisa. Para o testar, ao Bento, deu-lhe um certificado de nível 3, e mandou-o para uma seara de trigo. Passou por lá mais tarde, depois de tomar o actimel, e reparou que a seara apresentava uma vala no centro. Bento fizera assim a sua maior criação: a risca ao meio.
Então Deus mandou-o para a Terra, em forma de embrião é claro, para tomar a forma humana. Jesus ficou todo ciumento. Na altura do parto, tipo a meio metro do chão, a mãe, a Rosa dos Bentos, de pernas escarrapachadas, começou a sentir uma leve bufa, era o Bento a querer sair.
Bem, pelo menos á terceira era o Bento, o resto era disfarçado pela Rosa.
Bento não chorou, mostrou muita tranquilidade. Mas houveram complicações, a nível capilar. Os médicos bem tentaram, com pentes, ferros quentes, piaçabas, agrafadores… mas nada. Bento teimosamente teimava em ter 19938834 cabelos para cada lado. Se um virava para o outro lado, era prontamente chamado de maricas pelos colegas e voltava á base.
Bento desde muito cedo abandonara a escola. O seu talento natural era trabalhar no moinho. Ai como as velas rodavam com tranquilidade. Bento não tinha muitos amigos. Não por culpa dele. Por culpa das outras mães: -Filho, não vás lá para fora que está Bento. Também o acusavam de ser uma pessoa fria: -Agasalha-te que está Bento.
Mesmo quando chegava a casa exausto o tramavam: Fecha a porta por causa do Bento.
Quando tentava arranjar amigos, estes denunciavam-no: Pufff praaaaa taaaa taaaaa pfiiiiuuu!!! – Não fui eu, foi o Bento! Diziam os primos ao lanche. Mas Bento vingava-se, roubando os pães com manteiga recessos. E tudo o Bento levou.
Portanto Bento arranjava sempre amigos mortos. Eram sempre a sua companhia, porque diziam sempre que alguém batia a bota: Olha, mais um que foi co’ Bento.
Infelizmente, Bento era rapaz para deixar as coisas a meio, mesmo a pentear-se.
Na sua juventude, Bento conheceu uma rapariga. Dizia ela que o Bento lhe arrepiava a espinha. Soprava bem por trás e enchia-lhe os pulmões. Ela completava-o porque se ele soprava, ela sugava. Ela gostava do seu gosto, a tomate podre com cominhos, porque fazia as coisas ao sabor do Bento. Andava sempre com ele, porque ia para onde o Bento a levava. Eram inseparáveis, como água em azeite.
Certo dia, o casal foi comprar um carro. No stand, Bento aponta um carro desportivo de alta cilindrada, pois tinha tacões nos cilindros. A mulher ao falar com o vendedor, imediatamente rejeita o carro: - Não quero levar este porque é perigoso para ti mor! O senhor disse-me que este era tão rápido que cortava o Bento às fatias. Acabaram por levar um Volkswagen Bento.
Posteriormente, Bento tentou singrar na vela, mas foi sol de pouca dura. Era acusado de paneleirices. Os outros atletas andavam sempre doidos a dizer: - O Bento é a nossa vida, sem ele a vela não existia.
Mais tarde, quando os moinhos caíram em desuso, ou foi em Mafra (?) Bento agarrou no seu certificado e foi treinar o Sporting Clube de todó Pórtógale. A partir daí já conhecem a história.
O muito obrigades. É o primeiro de poucos.
*O Bento é a bassoura da Natureza.
Sempre na vigia e com noticias em primeira mão
Se vos vir por ai, dou-vos um passou bem
CegoManeta